quinta-feira, fevereiro 19, 2009

CHEFIA REGIONAL REUNIU COM GRUPO PARLAMENTAR DO PSD

O PSD vai apresentar, na Assembleia Legislativa da Madeira, uma proposta de proposta à Assembleia da República, no sentido do tempo que um voluntário dedica a uma associação sem fins lucrativos seja contabilizado para a sua carreira contributiva. O anúncio foi formulado ontem pela deputada Rafaela Fernandes, no final de uma reunião entre o grupo parlamentar social-democrata e a chefia regional da Associação dos Escoteiros de Portugal.

Rafaela Fernandes diz que este poderá se um importante incentivo para os dirigentes, que assim poderão ver recompensados os seus esforços, para além de ser mais uma achega para que permaneçam mais tempo nos movimentos, como é o caso do Escotismo. A falta de dirigentes é um dos maiores problemas do associativismo juvenil e, consequentemente, também dos escoteiros.
«Nós reunimos com a Chefia Regional da AEP para tratar daquilo que é o papel deste movimento, com uma vocação própria para a juventude e que é um movimento aberto a todos, sem discriminação de idade, do sexo, de nacionalidade, do local de origem», sublinhou.

Rafaela Fernandes diz que aquilo é muito importante, «porque, de alguma forma, os jovens, por vezes, sentem-se intimidados a fazer parte de um grupo de escoteiros, ou porque são pessoas de um determinado nível económico, de uma determinada religião, etc, e não precisam de se sentir».A deputada considera que o movimento escotista é o movimento juvenil mais importante que há na nossa sociedade. «Não só porque está aberto a todos os jovens, mas também por ser um movimento educativo», adiantou.

Por outro lado, o PSD defende uma maior sensibilidade dos estabelecimentos de ensino para se abrirem às instituições locais. «Os grupos de escoteiros são um parceiro privilegiado para as parcerias que as escolas já mantém e que importa agora alargar ao Escotismo até dentro do conceito escola a tempo inteiro», frisou ainda.

Rafaela Fernandes abordou ainda a responsabilidade social das empresas, sublinhando que os movimentos juvenis não vivem sem dirigentes. E defendeu que aquelas devem ser mais colaboradoras, mais acessíveis com esses dirigentes.«Em tempo de crise, as pessoas têm tendência para se fecharem em si próprias e instituições como esta podem ajudar os jovens a ter alguma orientação», disse.

Há ainda, segundo a porta-voz do grupo parlamentar, «os apoios que as empresas podem dar aos escoteiros, através dos apoios definidos na Lei do Mecenato». «É mais interessante uma empresa apoiar um clube desportivo, porque tem a publicidade, e não é tão interessante apoiar os escoteiros.Era importante haver uma maior sensbilização dos empresários para as realidades das outras associações».

(in Jornal da Madeira, 15 de Fevereiro)

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